Paulo tinha fama de mentiroso. Um dia chegou em casa dizendo que vira no campo dois dragões-da-independência cuspindo fogo e lendo fotonovelas.
A mãe botou-o de castigo, mas na semana seguinte ele veio contando que caíra no pátio da escola um pedaço de lua, todo cheio de buraquinhos, feito queijo, e ele provou e tinha gosto de queijo. Desta vez Paulo não só ficou sem sobremesa como foi proibido de jogar futebol durante quinze dias.
Quando o menino voltou falando que todas as borboletas da Terra passaram pela chácara de Siá Elpídia e queriam formar um tapete voador para transportá-lo ao sétimo céu, a mãe decidiu levá-lo ao médico. Após o exame, o Dr. Epaminondas abanou a cabeça:
– Não há nada a fazer, Dona Coló. Este menino é mesmo um caso de poesia.
DRUMMOND, Carlos. Contos plausíveis. Rio de Janeiro: Record.
Nesse texto, a narrativa é gerada pela
(A) aparição de seres fantásticos.
(B) ida de Paulo ao médico.
(C) imaginação de Paulo.
(D) proibição de jogar futebol.
4) Leia, ouça e responda:
Letras
E.C.T.
'Tava com um cara que carimba postais que por descuido abriu uma carta que voltou Tomou um susto que lhe abriu a boca Esse retrato veio pra mim, não pro senhor Recebo crack, colante, dinheiro farto, embrulhado Em papel carbono e barbante e até cabelo cortado Retrato de 3 por 4 pra batizado distante Mas isso aqui, meu senhor, é uma carta de amor
Levo o mundo e não vou lá Levo o mundo e não vou lá Levo o mundo e não vou lá Levo o mundo e não vou
Mas este cara tem a língua solta A minha carta ele musicou 'Tava em casa, vitamina pronta Ouvi no rádio a minha carta de amor Dizendo "eu caso contente, papel passado e presente desembrulhado vestido Eu volto logo me espera não brigue nunca comigo eu quero ver nosso filho O professor me ensinou a fazer uma carta de amor
Levo o mundo e não vou lá Levo o mundo e não vou lá Levo o mundo e não vou lá Levo o mundo e não vou lá Leve o mundo que eu vou já Leve o mundo que eu vou já Leve o mundo que eu vou já Leve o mundo que eu vou
Mas este cara tem a língua solta A minha carta ele musicou 'Tava em casa, fumando uma ponta Ouvi no rádio a minha carta de amor Dizendo "eu caso contente, papel passado e presente desembrulhado vestido Eu volto logo me espera não brigue nunca comigo eu quero ver nosso filho O professor me ensinou a fazer uma carta de amor
Levo o mundo e não vou lá Levo o mundo e não vou lá Levo o mundo e não vou lá Levo o mundo e não vou lá Leve o mundo que eu vou já Leve o mundo que eu vou já Leve o mundo que eu vou já Leve o mundo que eu vou
Desde criança, Rubens Barrichello é louco por corridas. Aos seis anos já voava nas pistas de kart. Depois passou rápido pela Fórmula Ford, Fórmula Opel, Fórmula 3 e Fórmula 3000. Não parou por aí. Foi o mais jovem piloto da história a entrar para a Fórmula 1, quando tinha apenas 20 anos.
Texto 2
Vencer ou vencer
Ayrton Senna sempre fez tudo muito rapidinho. Aos quatro anos ganhou o seu primeiro kart. Aos dez, já pilotava no Autódromo de Interlagos. Quando tinha 31 anos, era o mais jovem tricampeão da história da Fórmula 1. Vencer ou vencer era o seu lema.
Maurício de Sousa Produções. Manual de esportes do Cascão. São Paulo: Globo, 2003.
Esses dois textos
(A) apresentam uma biografia.
(B) convidam para corridas.
(C) incentivam o uso do kart.
(D) oferecem um prêmio.
6) LEIA E RESPONDA
Como opera a máfia que transformou o Brasil num dos campeões da fraude de medicamentos
É um dos piores crimes que se podem cometer. As vítimas são homens, mulheres e crianças doentes — presas fáceis, capturadas na esperança de recuperar a saúde perdida. A máfia dos medicamentos falsos é mais cruel do que as quadrilhas de narcotraficantes.
Quando alguém decide cheirar cocaína, tem absoluta consciência do que coloca no corpo adentro. Às vítimas dos que falsificam remédios não é dada oportunidade de escolha. Para o doente, o remédio é compulsório. Ou ele toma o que o médico lhe receitou ou passará a correr risco de piorar ou até morrer. Nunca como hoje os brasileiros entraram numa farmácia com tanta reserva. PASTORE, Karina.
O Paraíso dos Remédios Falsificados. Veja, nº 27. São Paulo: Abril, 8 jul. 1998, p. 40-41.
Segundo a autora,“um dos piores crimes que se podem cometer” é
(A) a venda de narcóticos.
(B) a falsificação dos remédios.
(C) a receita de remédios falsos.
(D) a venda abusiva de remédios.
7) LEIA E RESPONDA
O Drama das Paixões Platônicas na Adolescência
Bruno foi aprovado por três dos sentidos de Camila: visão, olfato e audição.
Por isso, ela precisa conquistá-lo de qualquer maneira. Matriculada no 9º ano, a garota está determinada a ganhar o gato do 3º ano do Ensino Médio e, para isso, conta com os conselhos de Tati, uma especialista na arte da azaração. A tarefa não é simples, pois o moço só tem olhos para Lúcia - justo a maior "crânio" da escola. E agora, o que fazer? Camila entra em dieta espartana e segue as leis da conquista elaboradas pela amiga.
Revista Escola, março 2004, p. 63
Pode-se deduzir do texto que Bruno
(A) chama a atenção das meninas.
(B) é mestre na arte de conquistar.
(C) pode ser conquistado facilmente.
(D) tem muitos dotes intelectuais.
8) LEIA E RESPONDA
As Amazônias
Esse tapete de florestas com rios azuis que os astronautas viram é a Amazônia. Ela cobre mais da metade do território brasileiro. Quem viaja pela região não cansa de admirar as belezas da maior floresta tropical do mundo. No início era assim: água e céu. É mata que não tem mais fim. Mata contínua, com árvores muito altas, cortada pelo Amazonas, o maior rio do planeta. São mais de mil rios desaguando no Amazonas. É água que não acaba mais.
SALDANHA, P. As Amazônias. Rio de Janeiro: Ediouro, 1995.
O texto trata
(A) da importância econômica do rio Amazonas.
(B) das características da região Amazônica.
(C) de um roteiro turístico da região do Amazonas.
(D) do levantamento da vegetação Amazônica.
9). Leia o texto para responder à questão a seguir:
A exploração da madeira na Amazônia Cerca de 600 mil pessoas vivem da madeira na região Norte, destruindo anualmente milhares de quilômetros quadrados de florestas, ao que se soma a destruição na região Centro-Oeste e o pouco que resta da mata Atlântica. Em 1999, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), ocorreram, entre julho e dezembro, mais de 1000 focos de incêndio por dia na Amazônia, dois terços deles em Mato Grosso, no Pará e em Rondônia. A isto se soma o envenenamento dos rios provocado pelas descargas de mercúrio dos garimpos. Os números da destruição de nossas florestas têm crescido a cada ano e algumas áreas do país já sofreram o fenômeno da desertificação.
Sabemos que fatos como este continuam acontecendo e que cada vez mais nosso planeta está sendo ameaçado. A consequência que o fenômeno da desertificação acarretará às gerações futuras e ao nosso planeta é
(A) o aumento gradual de focos de incêndio por dia na Amazônia.
(B) a destruição anual de milhares de quilômetros quadrados de florestas.
(C) o aumento da produção de madeira legal na região Norte do país.
(D) a destruição dos garimpos em Mato Grosso, Pará e em Rondônia.
10) LEIA E RESPONDA
O corvo e a raposa
Um corvo, empoleirado sobre uma árvore, segurava em seu bico um queijo.
Uma raposa, atraída pelo cheiro, dirigiu-lhe mais ou menos as seguintes palavras:
- Olá, doutor corvo! Como o senhor é lindo, como o senhor me parece belo!
Sem mentira, se sua voz se assemelha a sua plumagem, então o senhor é a fênix dos habitantes destes bosques. Diante dessas palavras, o corvo, não cabendo em si de contente, para mostrar sua bela voz, abriu um grande bico e deixou cair sua presa. A raposa apoderou-se dela e disse:
- Meu caro senhor, aprenda que todo bajulador vive às custas de quem lhe dê ouvidos.
Esta lição vale, sem dúvida, um queijo. O corvo, envergonhado e confuso, jurou, um pouco tarde é verdade, que ele não cairia mais nessa.
La Fontaine. Fables, 918.
No trecho “... para mostrar sua bela voz, abriu um grande bico e deixou cair sua presa. A raposa apoderou-se dela...”, as palavras em destaque referem-se
(A) à voz. (B) ao bico. (C) à raposa. (D) ao corvo.
11) LEIA E RESPONDA
O HOMEM DO OLHO TORTO
No sertão nordestino, vivia um velho chamado Alexandre. Meio caçador, meio vaqueiro, era cheio de conversas — falava cuspindo, espumando como um sapo-cururu. O que mais chamava a atenção era o seu olho torto, que ganhou quando foi caçar a égua pampa, a pedido do pai. Alexandre rodou o sertão, mas não achou a tal égua. Pegou no sono no meio do mato e, quando acordou, montou num animal que pensou ser a égua. Era uma onça. No corre-corre, machucou-se com galhos de árvores e ficou sem um olho. Alexandre até que tentou colocar seu olho de volta no buraco, mas fez errado. Ficou com um olho torto.
RAMOS, Graciliano. Histórias de Alexandre. Editora Record. In revista Educação, ano 11, p. 14
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