Observatório da imprensa internacional
História do jornalismo
Podemos dizer que o jornalismo é uma das profissões mais antigas ainda existentes. Um dos primeiros jornais que se tem conhecimento é o Acta Diurna, que foi criado em 59 a.C. por Júlio César. Ele queria informar as pessoas sobre o que estava acontecendo no império e o periódico noticiava coisas como campanhas militares, julgamentos e execuções.
Mas foi com a invenção da prensa por Gutemberg, em 1447, que surgiram os jornais modernos como conhecemos hoje, mas eles não eram impressos todos os dias. Com o passar dos anos, em 1609, o jornal alemão Avisa Relation oder Zeitung começou a fazer publicações periódicas.
Andando um pouco mais na história, em 1844, com a invenção do telégrafo, as notícias começaram a circular com maior rapidez e gerou uma grande mudança no jornalismo. No início do século 19, os jornais já eram considerados os principais veículos de informações e grandes grupos editoriais começaram a surgir.
Já em 1920, com a criação do rádio, o jornalismo se transformou mais uma vez, bem como em 1940, com o aparecimento da televisão. Sem falar nas mudanças que a internet trouxe, em 1990!
AULA 1
A Imprensa
Nos dia de hoje, estamos cercados de dispositivos eletrônicos que facilitam nossa vida. Entre esses dispositivos, estão os meios de comunicação escritos, sejam os impressos, sejam os eletrônicos (e tanto um quanto o outro dependem do computador – invenção recentíssima). Pois bem, por trás de tamanho conforto material proporcionado pela tecnologia há sempre muitas e muitas histórias – histórias de invenções tecnológicas, sobretudo. As primeiras e mais decisivas dessas invenções ocorreram na Idade Moderna. A invenção da imprensa, por Johannes Gutenberg, foi uma das mais notórias.
O alemão Johannes Gutenberg (1398-1468) desenvolveu a primeira máquina de impressão feita com tipos móveis por volta de 1439 (século XV, portanto). Quando falamos em imprensa, vem-nos à mente o aparato jornalístico que registra e transmite à população as notícias do dia. Mas, aqui, a palavra imprensa tem o significado de origem, isto é, remete ao fenômeno de impressão em papel, impressão de caracteres ou tipos móveis (letras e demais sinais gráficos – como acento, vírgula, ponto etc.) em folhas de papeis que eram dobradas, amarradas e coladas, formando um “códice”, ou seja, um livro tal como o conhecemos hoje.
Gutenberg revolucionou o modo de se produzir livros. Isso se justifica pelo fato de que, antes da imprensa, os livros eram construídos à mão, artesanalmente, com escrita cursiva, geralmente à pena. Claro que, antes da máquina de tipos móveis, havia outros sistemas de impressão, como o chinês, no qual se usava a tinta nanquim. Mas a grande novidade da imprensa de Gutenberg foi a capacidade mecânica de produzir e reproduzir textos e livros. Enquanto, à mão, um códice demorava um mês para ficar pronto, com os tipos móveis, dezenas de códices (ou livros) eram feitos na mesma margem de tempo.
No século XVI, a máquina de imprensa tornou-se muito popular e útil nos principados da Alemanha em virtude da Reforma Protestante, levada a cabo por Martinho Lutero. Lutero traduziu a Bíblia do latim para o alemão, tornado o acesso às Escrituras mais fácil. A Bíblia foi o primeiro grande livro a ser impresso em tipos móveis e a circular entre a população, inicialmente na Alemanha, onde a imprensa foi inventada, e, posteriormente, no restante da Europa, quando outras traduções foram feitas. Os panfletos reformistas também foram impressos em tipos móveis, em grande quantidade, e passaram a circular na Alemanha com velocidade impressionante para a época.
Nos séculos XVII e XVIII, nos principais centros urbanos da Europa, formaram-se grandes comunidades de leitores, exatamente pelo fato de a impressa ter possibilitado a produção em massa de livros, jornais, panfletos etc. Desse modo, o que fez Gutenberg tem o mesmo peso dos inventos científicos da modernidade, como a invenção do telescópio, por Galileu Galilei.
- Johannes Gutenberg : (c. 1395–1468) Um ferreiro, ourives, impressor e editor alemão que introduziu a impressão na Europa. Sua invenção da impressão mecânica de tipo móvel começou a revolução da impressão e é amplamente considerada como o evento mais importante do período moderno.
O Enfoque da Notícia
- Atividade - Reflexões sobre a notícia.
1) Como são escolhidas as principais notícias que serão veiculadas pelos meios de comunicação?
Polícia prende traficante com 10 quilos de maconha em Fortaleza
Polícia encontrou R$ 10 mil em cédulas de R$ 2 e uma pistola 380.
Ele foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e porte ilegal de arma.
A condenação do soldado do Exército de Israel (IDF), Sargento Elor Azaria, pelo homicídio de um terrorista palestino gerou uma série de manchetes tendenciosas na imprensa brasileira. O terrorista havia atacado e esfaqueado um soldado israelense antes de ser baleado e ferido.
Um processo jurídico completo decidiu que a ação de Azaria de atirar no terrorista depois que ele já havia sido neutralizado equivale a homicídio culposo. No entanto, embora não devamos diminuir a seriedade do ato de Azaria, muitas manchetes têm retratado o terrorista como um indivíduo completamente inocente, removendo assim o contexto vital.
Por que as manchetes são tão importantes? A maioria das pessoas simplesmente “passam o olho” rápido pelas manchetes, tanto em jornais quanto nas mídias sociais, e não lêem a maioria dos artigos que aparecem. Assim, para muitos leitores casuais que não seguem de perto o conflito árabe-israelense, tudo o que sabem sobre os acontecimentos no Oriente Médio vem a partir das manchetes e alertas de artigos que eles não lêem.
Ontem, o HonestReporting exigiu que o O Globo corrigisse sua manchete que tratava o terrorista como um simples palestino:
Vejam a diferença no entendimento do leitor que faz uma manchete+subtítulo com informações completas. O palestino não era uma simples vítima inocente. Houve um contexto por detrás do ato de Azaria e este contexto é o que levou a um julgamento de meses de duração.
Mas outros veículos e programas de TV publicaram a mesma manchete tendenciosa, onde trataram o terrorista como uma simples vítima:
O Jornal Nacional, onde inclusive a âncora Renata Vasconcellos foi incapaz de passar o perfil correto do terrorista no início da reportagem. Ela fala, “Um soldado de Israel acusado de matar a tiros um palestino que estava ferido foi condenado hoje por homicídio num julgamento que dividiu o país.”
E tantos outros veículos:
O programa da Rede Globo, Hora 1: Primeiro-ministro de Israel pede perdão a soldado culpado por morte de um palestino.
O Estado de Minas e o Diário de Pernambuco: Soldado israelense que matou palestino é considerado culpado de homicídio.
O Terra: Soldado israelense que matou palestino é condenado por homicídio.
O UOL: Soldado israelense que matou palestino imobilizado é condenado por homicídio.
Etc.
Aos olhos dos detratores de Israel, estas manchetes mostram que não foi Elor Azaria em julgamento, mas toda a IDF e até mesmo Israel, que executou o palestino. Ao remover contexto vital das manchetes para sugerir que soldados israelenses atiram em palestinos feridos, mobilizados e incapacitados, é claro, a mídia cria seus próprios julgamentos tendenciosos e imprecisos.
Foto: Miriam Alster/FLASH90
AULA 6 Função Informativa
Poema Tirado de Uma Notícia de Jornal
Uma noite ele chegou no bar Vinte de Novembro
Bebeu
Cantou
Dançou
Depois se atirou na Lagoa Rodrigo de Freitas e morreu afogado.
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